Com o aval do Comitê de Fiscalização, a prefeita de Sinop Rosana Martinelli (PL) deve liberar as aulas nas 50 unidades de ensino privadas no município a partir desta segunda (10), quando vence o atual decreto suspendendo as atividades devido aos casos de Covid-19. O Comitê apontou que a rede privada, com cerca de 7 mil estudantes, já tem condições de retomar as atividades e a prefeita deve editar um novo decreto até o final de semana.
Já está liberado, desde 24 de julho, o funcionamento do ensino infantil, hoteizinhos, berçários, pós-graduação, mestrado e doutorados e os estágios que compreendem o último ano das turmas da área de saúde. Agora, ensino fundamental e médio também retomarão atividades.
Já aulas da rede municipal devem aguardar mais, seguindo a mesma posição da rede estadual, que ainda não tem data para o retorno das atividades. Em Sinop, as aulas foram suspensas em 16 março em todas as unidades de ensino. Em 4 de maio a rede privada chegou a começar a funcionar, mas em 23 de junho a prefeita voltou a suspender.
Segundo último boletim da secretaria de Estado de Saúde, o Hospital Regional de Sinop está com 100% de lotação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 2,1 mil pessoas já foram diagnosticadas com Covid-19, sendo registrados 61 óbitos. Em todo o estado são 57,1 casos e quase 2 mil mortes.
Posição técnica
O Comitê aponta que é seguro a retomada. “Com todas as medidas de prevenção implantadas, as aulas podem voltar de maneira mais segura”, aponta a especialista em microbiologia, Priscila Camargo Garcia, que é membro do comitê de fiscalização.
O Comitê é composto por 12 pessoas qualificadas para avaliar e acompanhar as medidas de prevenção instituídas nos decretos, sendo dois especialistas em microbiologia e sanitização, dois da área pedagógica e oito da área da saúde.
Cabe ao grupo acompanhar o Plano de Contingência de todas as escolas da rede particular e municipal de ensino, conferindo, orientando, fiscalizando e garantindo que todas as medidas de prevenção à Covid-19, do Decreto 087/2020 e suas alterações sejam cumpridas. A fiscalização, segundo a prefeitura, é continua em todas as instituições que estão abertas.